apresentando meu jardim

casa em O Serviço de Entregas da Kiki. casa antiga cercada por floresta e um jardim florido. a casa é quase que totalmente coberta por vegetação. uma garotinha corre em direção à porta

🌳 um começo

Oiê, tudo bom? Muito prazer! Eu sou a Mikannn (ou Míriam Castro, dependendo de onde você me conhece), e essa é minha nova newsletter. O nome provisório é Do Meu Jardim. Mas por que criar uma newsletter? E por que esse nome? Bem, puxe sua cadeira, pegue seu café ou bebida quente favorita, e vamos conversar um pouquinho ☕

Imagino que ao menos parte dos leitores desse texto já me conheça de outros cantos na internet. (Se você ainda não me conhece, poxa, que demais que a newsletter chegou até você ♥ Me conta como chegou aqui, se puder!) Talvez você tenha me visto no canal Mikannn no YouTube, ou em outros projetos, como o podcast Cena Aberta. Talvez você me acompanhe assiduamente nas redes, ou pode ser que tenha visto meus vídeos sobre Game of Thrones uns anos atrás. Tem vários outros lugares onde você pode ter trombado comigo por aí, mas não é exatamente disso que eu queria falar.

É que, em todos esses lugares, ao longo de tantos anos, eu abordei diversos assuntos no nicho da cultura pop. Filmes, séries, livros, jogos, discussões de fandom, tropos, nerdices, a vida, o universo e tudo mais. Eu amo falar disso e não pretendo parar tão cedo. Porém... às vezes, me sinto meio aprisionada numa cela que eu mesma construí.

Explico: volta e meia, me dá um comichão. Encontro um assunto interessantíssimo e quero pesquisar, comentar, compartilhar com o mundo. Só que meus lugares pra fazer isso hoje em dia são relativamente restritos. É estranho dizer isso, já que em teoria não existem tantas restrições no Youtube ou nas redes sociais. Se postar 10 vídeos ao dia, desde que dentro das regras da plataforma, tudo certo (existe toda uma discussão sobre frequência de publicação, algoritmos e a impossibilidade de sustentar essa lógica de produção, mas daqui a pouco falamos disso, ok?).

Mesmo assim, tenho um purgatório inteiro de pautas começadas e abandonadas. Ideias que pareciam ótimas na hora, proporcionaram ótimos momentos de pesquisa, mas nunca se transformaram em vídeos. Talvez ainda se transformem um dia, mas por enquanto estão no meu próprio inferno do desenvolvimento. Pra algumas, já rascunhei roteiros com dezenas de milhares de caracteres, enquanto outras são só anotações ou pesquisas que fiz sozinha ou com ajuda de outras pessoas. Algumas não passam de um cartão no Trello que é adiado toda semana... há anos. O ponto comum a todas é a eterna espera pela status de publicado.

A questão é que, mesmo ninguém me obrigando a seguir esse caminho, meus projetos do YouTube têm se tornado cada vez maiores e mais trabalhosos. Às vezes, os vídeos demoram semanas ou até meses pra serem feitos. No momento em que escrevo este parágrafo, por exemplo, estou esperando a edição de um vídeo que levou 3 semanas de pesquisa. Isso não é problema; pelo contrário, pesquisa e elaboração do roteiro são minhas partes favoritas. Também não é todo vídeo que vai demorar tanto pra ser feito - alguns só levam uns dias. Mesmo assim, meu processo mais rápido ainda seria devagar demais pra minha vontade de cobrir assuntos. E quanto mais demoro pra produzir, mais sinto que preciso justificar a demora: qual ponto de vista só eu poderia colocar aqui? O que ainda não foi dito sobre esse tema (e ainda não terá sito dito daqui a semanas, quando o vídeo finalmente sair)? Será que não vou ficar no óbvio? Será que perdi completamente o timing? Será que essa ideia vale tanto a pena assim?

Por isso digo que é uma cela construída por mim mesma. Meus vídeos não começaram assim: esse formato foi construído pouco a pouco nos últimos 10 anos. Pequenas escolhas tomadas ao longo de uma década me trouxeram até aqui. Inseguranças pessoais e profissionais à parte, sei que daria pra postar com muito mais frequência e que nem todo vídeo precisa ter meia hora de duração. Claro, uma mudança tão drástica não pegaria bem com o algoritmo, que gosta de constância, frequência e, de certa forma, mesmice. Seria difícil escapar.

Mas nem sei se quero escapar. Eu gosto de fazer videozão! Acho extremamente satisfatório mergulhar em um assunto e já aceitei que não consigo evitar a ramificação em mil subtemas. Entendi que faz parte do meu formato ~e tá tudo bem~. Apesar de ter chamado de cela, não é algo realmente aprisionante. Tá mais pra uma casinha dos sonhos, construída com carinho, da qual eu nem cogito me mudar porque amo morar ali, mas que exigiria todo um processo burocrático se eu quisesse, sei lá, trocar a cor de uma parede ou um móvel de lugar. É mais como uma limitação mesmo: só preciso encarar a realidade de que não vai dar pra fazer todos os vídeos que eu gostaria no formato que construí; portanto, nem tudo que me interessar rende um vídeo longo. É bem mais provável aquela epifania se tornar habitante do purgatório de ideias.

Mas por que não transformar essas ideias em vídeos curtos ou algum outro conteúdo de redes sociais? Pois é, por que não? Na verdade, já faço alguns desses. Tenho feito carrosséis com colagens no Instagram, por exemplo, e gosto muito de explorar as possibilidades desse formato! Ainda estou tentando encontrar uma rotina de produção que funcione pra essas redes sem impactar (tanto assim) minha produção no Youtube, mas tem mesmo várias pautas que abordo com mais agilidade nessas redes.

Só que mesmo o conteúdo "rápido" tem suas armadilhas. Não é por ser rápido de consumir que ele, necessariamente, seja rápido de fazer. Exige menos do que o Youtube, claro, mas também dura menos. Bem menos. Nessa efemeridade das redes verticais, quantas pessoas vão se lembrar amanhã do que postei hoje? Você se lembra dos primeiros três reels que viu hoje? Se sim, saiba que é uma exceção. E o que eu mais quero é essa exceção, pra ser sincera.

Quero que esses assuntos que me fascinam fiquem na memória das pessoas tanto quanto ficam na minha. Que gerem discussão, floresçam e continuem existindo após 30 segundos. Que não precisem de ganchos de retenção ou estratégias de otimização. Que sejam alheios à correria do algoritmo.

Basicamente, quero um cantinho que seja meu (daqui a pouco, vamos falar mais a fundo dos possíveis lugares, plataformas, sites etc, mas espera um pouquinho!). Um cantinho onde eu possa compartilhar o que acho bacana com qualquer pessoa que também se interessar. Não só coisas relacionadas a entretenimento/cultura pop, mas tudo que eu quiser, sem obrigações, nichos ou formatos. Apesar de gostar muito da cela casinha que criei no Youtube, tem todo um jardim lá fora pra explorar. Vamos?

jardim florido

🌳 por que um jardim?

Um jardim costuma ser fora de casa, claro. Mas tem mais alguns motivos pra eu ter pensado nele como meu novo lugar.

Primeiro, a história que quem acompanha o canal provavelmente não aguenta mais ouvir (pode pular essa parte, se quiser!): a dos escritores jardineiros e arquitetos. O George R. R. Martin, autor d'As Crônicas de Gelo e Fogo, divide os escritores nessas duas categorias.

  • O escritor arquiteto planeja tudinho antes de escrever, assim como um arquiteto desenvolve um projeto antes da construção começar. “Ele sabe onde vai o encanamento, quantas salas vai ter ali, e exatamente quantos metros quadrados cada cômodo vai ter. Tudo está finalizado antes de cavar o primeiro buraco no chão ou martelar o primeiro prego.”
  • O escritor jardineiro trabalha de forma diferente. Apesar de haver um objetivo, ele não tem cada etapa meticulosamente planejada. "Ele sabe se plantou um carvalho ou um rabanete, então não é completamente aleatório, mas será que o carvalho vai ser uma árvore saudável ou vai ser levada pelo vento, ou vai cair um raio nela? Tem muita coisa que pode variar com o jardineiro. O jardim é uma coisa viva."

Expliquei com mais detalhes essa distinção nos vídeos da Autópsia Game of Thrones, mas o resumo seria esse: o jardineiro planta sementes e vai descobrindo os detalhes da história de forma relativamente orgânica ao longo da escrita. Talvez nem todas as sementes vinguem, enquanto outras resultem em árvores bem mais frondosas do que o esperado. Impossível prever quantos galhos um arbusto terá, ou quantas frutas vão nascer nessa estação, mas o jardineiro pode fertilizar, podar, ou até arrancar mudas inteiras, se quiser. Ser um escritor jardineiro é observar o caos e tentar - na medida do possível - administrá-lo.

Apesar de não me identificar com a maior parte dos atributos do GRRM, me encaixo bem mais nesse perfil de escrita. Às vezes começo a planejar um texto ou roteiro e, quanto vejo, já comecei a escrever as falas completas. Eu sei a base do que quero contar ali, mas os detalhes se revelam muito mais durante a escrita em si. Rascunhar o esqueleto de um texto parece tirar metade da graça, sabe? Tenho a pesquisa e sei mais ou menos aonde quero chegar, mas fico bem mais à vontade quando me permito descobrir o trajeto durante a caminhada.

É por isso que meus vídeos tendem a aumentar de tamanho: a cada momento, surge a possibilidade de trazer mais assuntos que complementem o principal. Tangentes, parênteses, desvios, links na descrição. Quando vejo, já falei de 500 outros temas adjacentes e o vídeo está super longo. Esses dias, falei disso nos stories e comentaram que minha forma de pensar lembra uma árvore se abrindo em infinitos ramos. Achei fofo e pertinente à metáfora jardinesca, hehe ♥

Mas a principal inspiração para o nome é outra. Você já ouviu falar em jardins digitais?

Apesar de existirem diversas definições, um jardim digital seria um espaço em que as ideias podem ser plantadas e nutridas para crescer e se conectar (daqui a pouco eu explico como isso funciona). Descobri o conceito ao ver o vídeo creating a digital garden to end my doomscrolling, de Anna Howard, mas pensar na internet como espaço botânico não é algo novo.

Aliás, escrevi parágrafos e mais parágrafos sobre a história do conceito de jardim digital e o que isso tem a ver com nosso comportamento online, mas aí percebi que isso não precisava entrar no texto de hoje! O bacana do jardim digital é que você pode guardar as coisas pra depois e nada precisa ser definitivo. Este provavelmente não é o único momento em que vou abordar o assunto, então posso muito bem expandir essa parte outro dia.

Um resumão dos 10 parágrafos que guardei: há décadas se pensa na internet como uma espécie de jardim (um exemplo é o ensaio Hypertext Gardens, em que Mark Bernstein menciona parques e jardins como inspiração pra um web design que não seja tããão rígido). Em 2015, Mike Caulfield fez uma apresentação (depois transformada em ensaio) chamada The Garden and the Stream: a Technopastoral. Nela, são explicadas duas abordagens diferentes da web: o Jardim e o Riacho. O Riacho, simplificando muito, é o feed que encontramos nas redes sociais e em outras plataformas, enquanto o Jardim é a internet como espaço a ser explorado, algo que surge das conexões entre várias fontes de informação. Não é que o Riacho seja ruim, o problema é essa lógica dominar boa parte da produção e do consumo de conteúdo online (o que só piorou de 2015 pra cá).

Nos últimos anos, têm surgido vários movimentos de retomada dessa internet-Jardim, a internet raiz (rs), como o IndieWeb, que incentiva um retorno aos sites independentes, fora das grandes plataformas. Também surgiram diversas propostas de jardins digitais, que rejeitam a ordem cronológica dos blogs e redes sociais em prol do pensamento interconectado e sempre em evolução.

Um jardim digital pode ser uma wiki pessoal, uma coleção de textos e anotações, um livro sendo escrito em público ou um monte de outras coisas. É bem comum que as páginas sejam públicas, mas também há muitas pessoas que usam ferramentas como Obsidian ou Notion para criar seus jardins pessoais.

imagem de Nausicaä do Vale do Vento. um local subterrâneo repleto de flores em formatos diferentes e meio "alienígenas". uma garota jovem de roupa azul está sentada à mesa e olha para um senhor barbudo de capa e chapéu
Algumas coisas se transformam quando damos a elas a devida atenção

Foi assim que descobri que faço uma espécie de jardim digital (?) há anos, já que uso o Obsidian para registrar qualquer pequena ideia que tenho. Sabe o purgatório de pautas que mencionei lá em cima? Pois bem, esse purgatório fica em minhas notas do Obsidian. Assim como praticamente todos os roteiros ou posts que escrevo, links de sites que visitei nas pesquisas ou anotações sobre episódios de séries. Isso significa que o que escrevi ou salvei nunca morre de verdade, mas fica ali na minha base de dados, pronto pra se conectar a outras coisas e gerar algo novo.

Por exemplo, no vídeo A armadilha da produtividade no lazer, eu cito o livro Não Aguento Mais Não Aguentar Mais, que li em 2022 e salvei um monte de citações em uma nota no Obsidian, o que veio a calhar quando precisei escrever esse roteiro três anos depois. Não é que todas as notas sejam tão elaboradas e cheias de citações assim, mas a força está nas conexões.

Minha página sobre Stranger Things não tem nada por enquanto, mas é mencionada por várias outras. Então, ao pesquisar sobre Stranger Things, sei que:

  • Spy x Family fez tanto sucesso no Japão que impediu Stranger Things de alcançar o primeiro lugar na audiência da Netflix japonesa (da minha nota sobre SPY X FAMILY)
  • A Danielle Brooks, a Taystee de Orange Is The New Black, disse que recebeu menos pela temporada final da série do que os atores-mirins de Stranger Things (da nota sobre OITNB e pagamentos residuais pro vídeo da greve de Hollywood)
  • Jabbar Raisani, um dos produtores-executivos e diretor de dois episódios de Avatar: O Último Mestre do Ar, trabalhou nos efeitos visuais em Game of Thrones e Stranger Things (da nota sobre o Avatar da Netflix)

Enquanto isso, ao pesquisar sobre o Guillermo Del Toro, eu caio na página de O Gato de Botas 2 (o Del Toro foi cotado pro filme lá em 2012) e sou lembrada de que o Wagner Moura, apesar de ser a voz original do Lobo, não dubla o personagem na versão brasileira.

Pra que isso vai me servir? A curto prazo, nada! Mas é muito legal encontrar informações e conexões que eu mesma estabeleci lá atrás. Esses são só alguns exemplos do que surge a partir de uma simples página. Volta e meia, essas notas podem ser atualizadas, crescer e se tornar algo mais, como uma ideia de post, um texto, ou até um roteiro de vídeo para o canal.

Mas aí caímos na limitação que mencionei no início dessa edição: pra ir pro YouTube, é preciso mais do que uma conexão curiosa. Não tenho muito onde falar do salário da Danielle Brooks a menos que faça um vídeo completo sobre OITNB ou a parte 2 do vídeo da Greve (que estou devendo até hoje...)

É aí que entra essa newsletter! Eu já tenho um lugar onde capturo tudo que acho interessante; uma espécie de jardim digital particular. Só que eu quero compartilhar esse cultivo com mais pessoas. Por isso o nome Do Meu Jardim.

campo verde repleto de flores amarelas

🍀 o que esperar dessa newsletter?

Não rola compartilhar todas as notas, mas eu gostaria de dividir com você um pouco do que encontro em minhas explorações da internet como espaço. Coisas boas, ruins, interessantes... o que achar que vale a pena compartilhar. Algumas delas podem ser textões como os de hoje, mas muitas vão ser somente frases, links ou pequenos parágrafos. Podem ser vídeos bacanas que encontrei nos últimos dias, conexões novas que descobri no meu jardim no Obsidian, ou simplesmente um roteiro nunca finalizado que vou jogar aqui. Talvez até seja só alguma curiosidade mesmo. Por exemplo:


🫘 Tô empolgadíssima pro anúncio de Hollow Knight: Silksong que vai rolar na quinta, dia 21. Hollow Knight é um dos meus jogos favoritos dos últimos anos e bem... digamos que o novo jogo tem demorado um pouquinho.

🫘 Quero fazer uma straw page em breve. Tenho gostado bastante dessa vibe web 1.0. Você curte? Sabe de mais ferramentas legais desse tipo?

🫘 Você sabia que o filme Selma, de Ava DuVernay, teve que reescrever parte dos discursos de Martin Luther King porque o Steven Spielberg já ia dirigir uma cinebiografia de MLK e os produtores de Selma não conseguiram comprar os direitos de adaptação? Agora você sabe!

🌱 Recentemente rolou em Seattle a Worldcon, um dos mais importantes eventos de ficção científica do planeta. Durante um painel com o George R. R. Martin, alguém teve a pachorra de dizer para o autor que ele vai morrer logo, então devia pedir pro Brandon Sanderson terminar seus livros. E o Brandon Sanderson estava no painel. Nem consigo imaginar o clima fúnebre que deve ter ficado. De acordo com quem estava lá, todo mundo vaiou essa falta de noção, pelo menos. Porém, infelizmente, essa manifestação que rolou no painel só ecoa os comentários enviados todos os dias para o GRRM nas redes. Abordei o assunto um tempo atrás nesse vídeo mais longo sobre viés de confirmação, GRRM e notícias clickbait.

🫘 Era pra essa newsletter sair após um vídeo sobre o Pedro Pascal e como tem rolado uma movimentação estranha em torno dele na internet. Como o corte atual está com quase 1h40 de duração e a edição ainda vai demorar mais um pouquinho, eu divulgo o link na próxima newsletter (me lembrem!)


Pode ser que tudo isso mude, tá? É só uma versão inicial, mas por enquanto a ideia é misturar ideias em diferentes estágios de crescimento e conexão:

  • Sementes 🫘 são o mais básico: aquela pílula, curiosidade ou ideia rápida. Podem ser um mero link ou pensamento solto. Talvez um dia virem algo, mas acabaram de ser plantadas.
  • Brotos 🌱 são reflexões um pouquinho mais elaboradas (mas não super!), geralmente já com algumas conexões. Pode ser que já tenham aparecido aqui como sementes, mas agora começam a tomar forma. Não espere raízes profundas aqui - estamos só começando!
  • Árvores 🌳 são textos mais elaborados e estruturados, normalmente com muito mais reflexão por trás. Aqui, as conexões são mais numerosas e profundas, pois teve tempo de sobra pra se desenvolver. Isso não quer dizer que essa seja sua versão final - uma árvore continua viva e crescendo, né?

Nos exemplos acima, incluí sementes e brotos, mas não árvores. Isso porque já temos dois textões nessa edição, então acho que deu pra entender, hehehe. Minha ideia é mandar uma mistura desses formatos a cada edição. Nem sempre teremos todos, claro. Árvores são menos frequentes que brotos ou sementes, então nem toda newsletter terá alguma. Aí pode ser que alguma edição futura seja só de árvores e nenhuma semente, vai saber. Veremos o que o jardim vai nos mostrar :)

Uma newsletter talvez não seja o melhor formato para traduzir a natureza de um jardim digital, já que plantas estão em evolução constante, enquanto a newsletter precisa ser "fechada" e enviada para a caixa de entrada dos assinantes uma hora ou outra. Mas meu objetivo não é encarar o que foi enviado como versão final - apenas uma fotografia de como estava o jardim naquele momento específico, de que flores encontrei ao passear por ali naquele dia. A cada edição, a ideia é criar novas conexões e atualizações, também revisitando assuntos já mencionados. Sou viciada em colocar links na descrição do YouTube, então não teria por que ser diferente aqui, né?

Nem mesmo esse formato é definitivo - como falei lá no primeiro parágrafo, até o nome é provisório! Quero desenvolver isso aqui junto com vocês :) Vamos explorar esses jardins juntos?

imagem de O Serviço de Entregas da Kiki. uma garota de pele branca e cabelos escuros está sentada em um gramado enquanto observa a água ao fundo. o céu está bem azul com algumas nuvens

🍀 uma breve nota sobre lugares, plataformas etc

Como falei lá em cima, a ideia é construir um cantinho que seja meu na internet, sem tantas obrigações ou formatos. Isso também significa que seria ideal não depender das grandes plataformas. Por isso, a versão principal da newsletter é publicada via Ghost, ferramenta completamente independente e open-source. O Substack, além de ter um problema sério com conteúdo supremacista, tem tentado se transformar cada vez mais em rede social e manter os leitores presos à plataforma. Se você chegou aqui pelo Substack, por favor, considere assinar pelo Ghost e ler a newsletter diretamente pelo email ou em nosso site ♥

🍂 links, créditos, avisos e o que o coração mandar

  • Sei que pode ser óbvio pra alguns, mas todo texto mais coloridinho é clicável. Explore os links e me conte o que achou!
  • Recomendo demais o site da Maggie Appleton pra ler sobre a história dos jardins digitais
  • Todas as imagens do post de hoje pertencem ao Studio Ghibli (torço muito pra não tomar strike no primeiro post da newsletter)
  • Citei lá atrás o livro Não aguento mais não aguentar mais, de Anne Helen Petersen. Foi uma leitura importantíssima na época em que eu estava no auge do burnout. Se quiser ler, meu link de compra é esse aqui.
  • Todo link de compra que for mencionado na newsletter é afiliado, ok? Isso quer dizer que eu recebo uma pequena comissão em cima de qualquer compra feita a partir dele. Não é uma publicidade ou algo do tipo (se for, eu sempre vou avisar e deixar bem claro)
  • Aliás, falando em publicidade, se você por acaso trabalhar com uma marca que possa se interessar por patrocinar essa newsletter, me dá um alô! mikannn@brunch.ag
🌿
Se você chegou até aqui, deixa um comentário pra gente continuar essa conversa! E aproveita pra me seguir nas redes :)

(Inclusive, como alguns de vocês já vão receber essa edição por email, agradeço muito se puderem contar como foi a experiência. Chegou tudo certinho? Como está a newsletter visualmente? Vou ficar super contente se puderem dar esse retorno, assim posso corrigir problemas e melhorar nas próximas ♥)